Pelo segundo dia consecutivo, o governo de Israel realizou bombardeios no sul do Líbano, mesmo com um cessar-fogo em vigor desde quarta-feira com o grupo Hezbollah. O governo de Tel Aviv justificou os ataques, afirmando que detectou ameaças do grupo extremista.
Os bombardeios atingiram a cidade de Khiyam, onde civis relatam ter sido alvo de tiros disparados por soldados israelenses. Tel Aviv confirmou a ação, mas afirmou que os alvos eram integrantes do Hezbollah que preparavam o lançamento de foguetes. Moradores libaneses também acusaram tropas israelenses de dispararem contra pessoas que participavam de um funeral.
Mesmo com a violência, filas de carros são vistas em direção ao Líbano, com moradores tentando retornar para casa. Roger Sakr, brasileiro que está no país, descreveu ao SBT Brasil o clima de tensão. "O barulho dos aviões de guerra e os sons dos bombardeios criam uma sensação constante de medo", relatou.
Apesar do cessar-fogo negociado pelos Estados Unidos, Israel orientou os moradores da região de fronteira a não voltarem para suas casas devido à instabilidade. Pelo acordo, Israel deveria interromper os ataques e retirar suas tropas do sul do Líbano em até dois meses. No entanto, a ONU informou que sua missão de paz ainda não recebeu autorização para atuar na área fronteiriça.
O cenário agrava a crise humanitária na região, aumentando o temor de uma escalada no conflito entre Israel e o Hezbollah.
Fonte: sbtnews
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